"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem." 1 Timóteo 2:5
Vejo constantemente irmãos fazendo referências de seus pedidos de orações à pessoas demoninadas "santas" pela milenar tradição religiosa cristã. Dizem que fazem suas preces a eles, seus pedidos e súplicas das quais muitas são atendidas. Tenho grande apreço e admiração por estes exemplos de sabedoria e fé, visto elas estarem baseadas num tipo de fé que está para além das Sagradas Letras ("...conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus." 2 Timóteo 3:15 - NVI) que afirma haver apenas um somente mediador entre Deus e os homens. A referência aqui é a mesma de intercessor/sacerdote único infalível e eterno que fez parar a necessidade de geração de sacerdotes substitutos/temporários após ele:
"E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre." Hebreus 7:23-28
Poderíamos até afirmar que os que morreram em Cristo Jesus mesmo agora estando mortos segundo os homens, estão vivos para Deus, como o próprio Deus afirmou ser ele um Deus de vivos mesmo referenciando-se a pessoas "mortas" há aproximadamente dois mil anos ("Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos." Mateus 22:32), e que após a ressurreição de Cristo, muitos dos santos da "antiga aliança" foram vistos na cidade santa ("...saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos." Mateus 27:53), e que Moisés e Elias conversaram com Cristo no monte da transfiguração, e que debaixo do altar de Deus almas clamam pela justiça de Deus pelo tipo de morte que foram mortos (Ap. 6.10) e que ainda os que estão no céu agora estão em grande gozo (Lc. 16.25), combatendo a doutrina do estado de sono da alma como um estado inconsciênte, já que só goza de algo quem está consciente ou acordado.
Entretando, mesmo que estes estejam vivos nos céus agora, o fato escriturístico sagrado que não muda nem pode ser anulado, é que apenas um sacerdote foi constituído por Deus para ser mediador entre Deus e os homens (1 Tm. 2.5) e que todo e qualquer sacrifício (incluí-se aqui o exercício da fé através das nossas orações) é aceito por Deus, somente se for feito por intermédio de Jesus Cristo (...vós sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. 1 Pedro 2:5 - RA)
Isto nos remete ainda ao fato adicional de que todo e qualquer sacrifício a Deus aqui mencionado refere-se às obras voluntárias de ajuda ao próximo (doação de roupas, comidas, ajudas em instituições sociais, etc), serviços em comunidades de fins espirituais (serviços em igrejas, reuniões domésticas, diaconatos, etc.) serviços ministeriais (pregação da palavra, ensino, intercessões, etc) e qualquer outro tipo de serviço/ministração que se faça com o objetivo primário de agradar a Deus.
Como a Escritura afirma que somente é possível agradar a Deus por meio da fé ("...sem fé é impossível agradar a Deus." Hebreus 11:6) e que o autor da fé ("...Jesus, autor e consumador da fé." Hebreus 12.2) que nos salva do inferno e do inferno que há em nós é Jesus Cristo de Nazaré, logo, somente Ele deve ser digno de receber tal exercício de nossa fé, mais ninguém, mesmo que seja um beato morto que faz milagres (Oséias 4.12).
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