10 julho, 2007

Decretos Eternos de Deus

Como é interessante notarmos nossa capacidade de determinação. Isto se prova de diverssas maneiras e culturas. Vimos nas escrituras sagradas, que o profeta Daniel (Dn 1.12) determinou em seu coração, não se contaminar com as iguarias do reinado babilônico, na época em que o povo de Israel foi levado cativo à aquela nação.

As escrituras nos lembram de fortes determinações que homens tomaram, às vezes, até mesmo sem medir as consequências, como foi o caso do apóstolo Paulo, que mesmo ao ser avisado pelo profeta Ágabo que ele seria preso caso fosse para Jerusalém (At 21.10-11).

Mesmo no meio religioso, pessoas fazem determinações em nome da fé, como é o caso de alguns mulçumanos, que se entregam ao determinismo de que serão profetas de Alá, ao se tornarem "homens bomba". No catolicismo romano, o determinismo de que somente a igreja católica é a "mãe da fé", ou a única onde se obtém a salvação, é fato histórico de dezenas de séculos. Em muitas igrejas neo-pentecostais, o determinismo em busca da suposta felicidade por causa do bolso cheio, ou da conta corrente gorda, ou ainda do sonho do carro distante, é assunto que se houve com bastante frequências em diversas instituições, o que talvez, se for usado com determinismo coletivo, pode ser revertido em uma ordem de Jesus, que muitos despresam (Lc 16.9).

No mundo natural, as coisas não são tão diferentes. Nas decisões da vida, os homens conhecem em parte até que ponto conseguem atingir determinado objetivo. Isto se dá com clareza nos exercícios físicos, onde, antes de se iniciar um treinamento, seja ele qual for: corrida, caminhada, musculação, natação, etc., nossa mente é automaticamente condicionada para um determinado objetivo, o que quando é alta ou ousada, o limite máximo da atividade é exatamente o que se determinou antes de se iniciar o mesmo, visto a lei da consciência lhe ajudar a conceber ordem e progresso.

A imagem do Eterno no homem, é correspondida em faculdades da mente humana que ainda não se conhece como gostariamos, porém a vontade soberana do Eterno, que se tem tentando especular ao longo das últimas décadas, é algo que apesar de representar uma parte própria da Sua glória (Pv 25.2), pode ser conhecida em parte, por seus decretos eternos, assim como se conhece alguns decretos que a mente humana faz por sí, pois os decretos do Eterno foram sabiamente elaborados antes do exercício de qualquer atividade junto à criação, pois Ele mesmo, possui um conselho que é bom e soberano (Ef 1.11), o qual, se espelha em nós em determinados projetos que realizamos, mesmo que alguns deles venham ao fracasso.

Portanto os caminhos que os homens tomam, são eternamente conhecidos pelo Eterno, de maneira que todas as possíveis formas de determinismo ou ações que os homens tomam, já estavam previamente conhecidas, e por isso, impostas ou decretadas por leis que se manifestam conforme os homens respondem à esta própria lei do Eterno, que é eterna, boa, perfeita e agradável (Rm. 12.1-2).

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